A Banda Regimental de Música do CPI-7 é a segunda mais antiga da Polícia Militar do Estado de São Paulo e foi criada em fevereiro de 1934. Inicialmente com 12 músicos, a banda pertencia ao 7º Batalhão de Caçadores de Itapetininga. No ano seguinte, em 1935, o Batalhão mudou sua sede para Sorocaba.
Na Banda Regimental de Música do CPI-7, Ana é uma das trompetistas, ou seja, toca um instrumento musical de sopro, da família dos metais, chamado trompete. Além disso, a soldado também sabe tocar trombone, aprendizado que trouxe ainda da época da fanfarra escolar. Ana conta que seu gosto pela música começou com a família. “Meu avô era encarregado de orquestra na igreja e a questão musical foi passando de geração em geração. Meu irmão também é músico e toca trompete comigo, ao meu lado. Ele inclusive ingressou na Banda Regimental de Música da Polícia Militar antes de mim, e agora eu toco ao lado dele”.
A música também foi palco da história de amor vivida por Ana. Foi por meio de um projeto de fanfarras, que existia nas escolas, que ela conheceu seu marido. “Em meados de 2006 começou um projeto nas escolas e eu resolvi entrar para a fanfarra. E lá eu conheci uma pessoa, com quem tive um relacionamento por oito anos. Meu marido era instrutor de fanfarra e também já era policial militar. E foi ele quem me incentivou a entrar para a Polícia Militar”, revela.
Apesar da música fazer parte da história de vida da soldado Ana, curiosamente antes de entrar para a banda da polícia, ela estava há vários anos sem tocar. “Em 2014 meu marido faleceu e eu decidi parar com a música e não queria mais tocar. Daí recebi o convite do sargento da PM Fabiano Aparecido Oliveira, que é responsável pela banda, e voltei a tocar”, afirma.
Sobre o fato de ser a primeira mulher e policial militar a fazer parte da Banda Regimental de Música do CPI-7, Ana disse que é um incentivo e motivação para outras mulheres. “A música é tudo. Para cada momento da vida da gente tem uma música. Todas as pessoas têm uma música que é a canção da sua vida. E quando você pode tocar e representar isso para alguém é muito mais gratificante do que você ouvir a música. Passar essa mensagem de vida e de luz é o que mais me motiva a tocar e faz a gente querer buscar um mundo melhor”, diz Ana.