Com uma média de 300 apresentações por ano, a banda da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) vem se destacando no meio musical amazonense há 118 anos. Composto por 43 policiais músicos, o grupo tem repertório eclético e embala o público de todas as idades em solenidades, formaturas e shows, e é um dos grupamentos mais famosos da PM.
O repertório é diversificado e inclui ritmos diversos, como o boi-bumbá, símbolo da cultura amazonense. O foco é sempre manter o entusiasmo do público e da tropa de militares. Os músicos utilizam especialmente instrumentos de sopro e percussão. Dependendo do repertório a ser apresentado, a formação pode ainda abrigar lira, bateria, teclado, guitarra, baixo e voz.
Com tantas apresentações, o regente relembra momentos que marcaram a história do grupo. “Já fizemos apresentações no Teatro Amazonas, nas capitais da região Norte, em municípios do interior, e as formaturas e solenidades são as que mais me emocionam”, afirmou.
Em 2014, a banda gravou um CD em parceria com o coral da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Canções de cerimoniais, hinos de diversos municípios e canções militares compuseram a coletânea.
Nomes de peso
Desde que foi formada, em 3 de junho de 1893, nomes importantes passaram pela banda da Polícia Militar. É o caso do tenente Ernani Puga, que musicalizou a letra da canção da PMAM, e do sargento corneteiro Sérgio Ramos, conhecido por atuar na formação de fanfarras estudantis na capital.
Alguns integrantes fizeram parte de outras formações no estado, como a Orquestra Amazonas Filarmônica e a Amazonas Band. Outros participaram de grupos tradicionais de Carnaval, como a Banda da Bica e a Banda do Galo.
Integrante da banda há 28 anos, Edmar Reis é maestro e também uma espécie de memória viva do grupo. As primeiras histórias ele ouviu do pai, que também era policial militar e membro da banda. “Meu pai foi um dos comandantes, e observá-lo tocando aqueles instrumentos me inspirou a querer aprender”, disse.
Policiamento
Os policiais militares que compõem o grupo musical também atuam no policiamento ostensivo, conforme explica o subtenente Edmar Reis. “Somos policiais atuando na proteção e preservação da ordem pública, mas também contribuímos com esse dom”, afirmou.