Banda comunitária de Viamão precisa de instrumentos novos

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A Banda Comunitária de Viamão (BCV) é um projeto social que reúne jovens e crianças no bairro Índio Jari. Para comprar novos instrumentos, o grupo organizou uma vaquinha online para arrecadar R$ 2 mil. Até ontem, a ação ainda não havia registrado doações.

A banda possui alguns instrumentos próprios, que recebeu como doações. Para as apresentações, conta com o empréstimo dos instrumentos da Escola Estadual Rui Barbosa — explica o professor Éwerton Souza, 23 anos, que lidera o projeto desde seu início, em 2016.

Após a premiada participação no Campeonato Sul–Brasileiro de Bandas e Fanfarras, em novembro de 2018, a BCV quer continuar crescendo. Mas, para isso, é necessário melhorar os equipamentos. Para a competição, o grupo obteve R$ 1 mil em doações, valor que custeou as inscrições no campeonato, ocorrido em Capão da Canoa, após publicação no DG de 29 de outubro.

— Nós precisamos de alguns instrumentos que não temos, e outros, que recebemos de segunda mão, já estão desafinados. Isso impacta no andamento de nosso trabalho. Também iremos batalhar para conseguir os sapatos, pois ainda não temos. Nas apresentações, os componentes usam um diferente do outro e isso gera desconto de pontos no campeonato — explica o professor Éwerton.

O grupo atua com 45 crianças e jovens com idades entre oito e 14 anos. Os ensaios ocorrem todos os sábados na Associação Esportiva e Recreativa Índio Jari.

— Também estamos aceitando doações de quem estiver com algum instrumento parado e quiser doar. Será bem aproveitado por nós — afirma o professor.

Social 

A banda não recebe verba de nenhuma instituição pública ou privada e, frequentemente, necessita de criatividade e solidariedade para continuar com as atividades. Venda de lanches, organização de eventos e vaquinhas online são as opções para custear transporte e inscrições para campeonatos e para manutenção dos uniformes e instrumentos.

Contando com a ação voluntária de pais dos componentes da banda, o ambiente da BCV se tornou uma segunda casa para os integrantes, conta o professor. Éwerton acredita que o envolvimento da gurizada afasta-os do caminho das drogas, além de despertar a sensibilidade e o respeito por si e pelo próximo.

Objetivo 

Ao longo de seus dois anos, o grupo garantiu premiações em competições regionais e estaduais.

Conforme a página da vaquinha, a BCV utilizará o valor pretendido para adquirir quatro bumbos, escaletas e sapatos para as apresentações. O professor relata que, em 2019, deseja aumentar o número de integrantes, contribuindo para a formação cidadã da gurizada.

— A banda sempre despertou interesse e paixão nos jovens e crianças. Assim, os pais deles passaram a acreditar no projeto. Temos como objetivo fazer com que os jovens sejam capazes de cumprir regras, resgatar valores, melhorar a autoestima, mostrar a importância do bom relacionamento humano, valorizar o trabalho em grupo e desenvolver o espírito de liderança — finaliza Éwerton.

Como ajudar

///  Doe por meio da  vaquinha online.